É incompreensível imaginar que em um país com mais de 190 milhões de pessoas, somente 2,7% desta população são detentores dos meios de produção e de acúmulo de riquezas, ou melhor, são estas pessoas que ditam as regras do jogo no país, são eles que possuem todos os lucros que os 97,3% restante da população produz e “consome”. Levando em consideração que nesta porcentagem estão incluídos os desempregados, pessoas em situação de rua e entre outros. Pois a final todos nós consumimos de um jeito ou de outro, seja para comprar uma bala ou para viajar, não é mesmo? Com isso temos uma certa sensação de “liberdade”.
Mas esta suposta liberdade na qual é apresentada através do consumo, não passa de uma mera ilusão, pois somos condicionados 24hs por dia ao consumo de diversas coisas e uma grande parte desses materiais que consumimos não são necessários para a nossa sobrevivência. Já paramos para analisar se tudo isso que consumimos é necessário? É difícil refletir sobre o que consumimos, se é necessário ou não, no momento que somos BOMBARDEADOS constantemente por propagandas comerciais em revistas, jornais, internet, TV, rádios etc.
Com este consumo desenfreado alimentamos (enriquecemos) cada vez mais estes 2,7%,que são os grandes burgueses, em contra partida o restante da população encontra-se na margem da miséria, boa parte dela localiza-se em regiões sem nenhuma infra-estrutura para uma moradia “ideal”, como por exemplos: ruas sem asfalto, sem saneamento básico, com água imprópria para o consumo, sem segurança, atendimento precário nos postos e hospitais (quando há), uma educação de baixa qualidade, entre outros, sem levar em conta outras pessoas que são jogadas na rua ou até mesmo pessoas onde vivem em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos (no caso do norte e nordeste) onde são obrigadas a extrair água de cactos para se sustentar ou qualquer outra planta e comer restos de alimentos estragados.
Esta minoria de pessoas tornou necessário o consumo para sobrevivência e manutenção do Capital, com isso criou uma máquina de consumo desacerbado que foi construída no século XVIII e até hoje vivemos alimentado esta minoria com a nossa mão-de-obra barata, com as nossas condições de vidas sub-humanas: passando fome, frio, sem teto, sem terra, sem sonho etc. Mas toda esta degradação do homem e a sua vida árdua é ludibriada com simples palavras nos anúncios de propaganda ideológicas: “que pagar quanto?”, “amo muito tudo isso”, “lugar de gente feliz é aqui” etc.
“A burguesia suprime cada vez mais a dispersão dos meios de produção, da propriedade e da população. Aglomerou a população, centralizou os meios de produção e concentrou a propriedade em poucas mãos. A consequência necessária disso foi à centralização política.” (Marx, 2002, p.50)
Continua...

Oi amigo Jeferson! Sou muito curiosa, e hoje estava revirando o teu face e achei um blog! Como tu nunca me contou isso lindao???? Já te adcionei aos meus favoritos, vice?
ResponderExcluirBjs